terça-feira, 6 de abril de 2010

Início da jornada

Fala Galera!!!

Primeiro post de Schmalkalden e, por esse motivo, devo me estender mais do que o normal.

A viagem foi boa. Cheguei bem e logo adaptei às tarefas cotidianas de cuidar aqui do apartamento. Quem ainda não viveu isso, eu aconselho. É uma experiência única e que te faz crescer de uma maneira esplêndida.

Aqui tem gente quase do mundo inteiro. Já conheci húngaras, turcos, russas, polonesas, ucranianas, mexicanos, espanhóis, americanos, vietnamita e até um cara do Bangladesh. Tô na luta para aprender o alemão - Ich bin, du bist, er/sie/es ist, wir sind, ihr seid, Sie/sie sind - mas tô indo muito bem. Além disso, tô tentando também absorver o máximo de cultura do pessoal de outros países: já tomei um tchai com os turcos, vinho com as espanholas, e um negócio esquisito de uva aqui que um alemão me deu. Estou aproveitando também a carteira de estudante da universidade que me dá direito de andar de trem em todo o estado da Thuringia (estado em que fica a cidade de Schmalkalden, onde estou), na Alemanha. Já conheci Weimar, Erfurt - com direito a conhecer uma brasileira, mineira, belohorizontina com seu marido alemão no meio da rua - e Eisenach. Semana que vem estamos indo em uma excursão da universidade para Berlim e na outra pego o Queen´s Day em Amsterdam.

No mais é isso, vou tentar ir postando aqui a medida que novas coisas forem acontecendo e vocês não deixem de comentar.

Abraço a todos os leitores (no último post tínhamos acabado de passar de 500, agora já estamos em quase 600) e a seguir um textinho que já tinha elaborado há um tempo.


Futilidades

Certo dia estava pensando porque o homem se banha de futilidades e qual o valor disso. Vieram-me na cabeça exemplos como jogos de futebol e Big Brother, dentre outros.

No primeiro caso é difícil imaginar qual o sentido em assistir a um jogo de futebol (embora eu assista a todos do Galo) uma vez que não se angaria nada financeiramente e muito menos intelectualmente com a prática. Big Brother então não é preciso nem comentar, basta ir para a Praça 7 que se encontra as mesmas intrigas da Casa, só que entre pessoas em seu cotidiano no meio da rua.

Fiquei reparando, digamos, as práticas fúteis durante algum tempo a procura de algo que pudesse ser retirado de bom daquilo. Afinal, eu não conseguia acreditar que práticas tão usuais pudessem não ter algum valor social. Até que um dia, durante um churrasco que fazíamos para ver o jogo do Galo, percebi o valor das atitudes quando encontrei velhos amigos que não via há tempos. Lembrei que nos BBB´s da vida, lá em casa, sempre estava minha irmã em acordo/desacordo com minha mãe a respeito de quem merecia vencer. Estava tão claro. As conversas sobre BBB no serviço, as saídas para assistir os jogos de futebol e ver velhos amigos, os churrascos, nada mais era do que um pretexto para estreitar o convívio humano. E de fato sempre funcionava.

Assim, parando pra pensar, grande parte de nossos encontros, os que nos marcam e que temos grande prazer na companhia de outras pessoas surgem por motivos considerados fúteis: um filme, um jogo de futebol, BBB, um feriado à toa. E a vida é isso. São momentos sublimes que acontecem por nada, ou melhor, quase por nada. Eu gosto de dizer que as boas coisas da vida cavalgam sobre as futilidades.