sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A Inércia da Vida

Bom, hoje vou postar um texto que estou fazendo já há algum tempo. Ele nasceu de uma conversa com o @smatheus2, meu irmão, há uns 7 anos atrás. Sempre refleti nisso e acho que consegui formular um texto que expressasse bem as idéias.

(Quem lembra da Lei da Inércia pode pular pro 2o parágrafo).
A Inércia é uma propriedade física da matéria que foi descoberta por Galileu e depois confirmada por Newton. Ela diz que um corpo, na ausência de forças ou se a resultante do conjunto de forças que atua no corpo for nula, não sofre variação de velocidade. Em outras palavras, se não tem nada mexendo com o corpo, se ele tiver parado, continua, se tiver movendo, continua. Muita gente associa a inércia erroneamente apenas à propriedade de continuar parado e acabam esquecendo que ela também se aplica para que o corpo continue em movimento.

Não obstante, pode-se reparar a imensa semelhança disso com a vida. É incrível como nos piores momentos, naqueles que não queremos fazer nada e, de fato, não fazemos nada é tão difícil dar o primeiro passo para sair daquela situação. Quaisquer que forem os motivos, a tendência é sempre a mesma: ficarmos cada vez mais e mais parados, sem tomar nenhuma atitude, menos ativos, enquanto a vida passa pela nossa inércia. O exemplo dessa situação é aquela pessoa que sempre se conhece em cuja vida nada acontece mas ela também não corre atrás de nada para acontecer. Em contrapartida, quando tomamos a primeira atitude para sair dessa situação, o primeiro movimento, tudo começa a acontecer. É o rompimento do atrito estático. O ânimo é maior para se fazer tudo, os problemas parecem tornar simples por si só e a impressão é de qualquer coisa que surja, você tem a disposição e o que for necessário para resolvê-lo imediatamente. Esse exemplo é mais raro mas também sempre se conhece alguém assim. Como na física, pode-se passar de qualquer uma das situações para a outra. Às vezes facilmente e às vezes nem tão fácil assim. O segredo é qual a força que se permite atuar no corpo. A famosa expressão "isso me joga pra cima" é uma força que pode te levar do estado parado para o movimento assim como "isso me joga pra baixo" pode fazer o caminho inverso.

Dessa forma, acredito que fomos feito para isso. Para optar entre a inércia parada ou a inércia em movimento. Entre fazer ou dar desculpas. Entre viver ou atuar na própria vida.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Então é natal...

Muita gente se questiona o verdadeiro sentido do natal. Eu vou escrever sobre o verdadeiro sentido do natal sob meu ponto de vista.

Papai Noel e presentes? Definitivamente não. A melhor analogia que eu já consegui achar para o Papai Noel e seus presentes é o próprio Governo com suas bolsas: você trabalha o ano inteiro para dar um presente para alguém mais necessitado do que você e, no final das contas, quem acaba levando o mérito é o Papai Noel, ou o Governo. Assim, o velhinho é só mais uma jogada de marketing para gastarmos nosso décimo terceiro. E vale explicitar que eu não sou contra, já que também me rendo à jogada e compro presentes de natal.

Jesus? Também não. Os espirituais hão de me condenar mas tem algumas coisas que eu gostaria de lembrá-los. Os estudos hoje indicam que Jesus nasceu durante a festa dos tabernáculos, ou seja, no 7o mês do calendário judaico, chamado Etenin. No nosso calendário Gregoriano esse mês corresponde ao 9o mês, setembro. Portanto, não acredito nesse sentido para o natal. Pelo menos eu ficaria bastante nervoso se um grupo de pessoas juntasse e começasse a me dar feliz aniversário três meses atrasado todo ano.

O verdadeiro sentido do natal na minha opinião são pessoas. Família, amigos, desconhecidos, todas aquelas pessoas que você junta num espaço (na maioria das vezes pequeno) para comemorar a data e revê-las, ao menos, uma vez por ano. São pessoas que você provavelmente dirá em seus enterros que se arrepende de não haver passado tempo o bastante com elas. Outras, você desejará ter passado menos tempo. Com algumas, passar duas horas em um ano em uma noite de natal parece crédito suficiente para não passar mais nenhum natal (e de fato é). Mas, para nenhuma delas, não desejará não ter passado algum tempo. O espírito natalino é a habilidade de se conviver com pessoas quem, em um dia comum, não se convive.

(Estou terminando um texto para o próximo post. Acho que a véspera de ano novo é um dia ideal para postá-lo. O título é A Inércia da Vida)

sábado, 11 de setembro de 2010

Conversa com um ateu

Noite galera,

Desde que voltei da Alemanha, ainda não havia postado. Parte por falta de tempo e parte por não ter na cabeça um tema digno de uma postagem. Ontem à noite, meu primo e sua namorada vieram de Uberlândia e, enquanto ela fazia o concurso do MPU hoje, saí com ele para conhecer BH. Enquanto estávamos conversando, ele me contou sobre como deu o nó na cabeça de um ateu quanto à sua crença infundamentada na inexistência de Deus.

No meio da conversa, ele contou ao ateu que uma noite estava escrevendo com aquelas canetas à tinta. E disse que esbarrou no pote de tinta e derramou na folha. Foi dormir. No outro dia de manhã, quando acordou, olhou a folha e, do derramamento da tinta, estava escrito o trecho de O Profeta de Khalil Gibran que fala quanto ao amor (trecho que sou fã e já citei no meu blog antigo):

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Apesar do seu caminho ser duro e íngreme.
E quando suas asas vos envolverem, abraçai-o,
Apesar da espada escondida entre suas penas poder ferir-vos.
E quando ele falar convosco, acreditai nele,
Apesar de sua voz poder esfacelar vossos sonhos como o vento norte arruína o jardim.

Pois mesmo quando o amor vos coroa, ele vos crucifica. Mesmo sendo para o vosso crescimento, ele também vos poda.
Mesmo quando ele chega à vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que tremem ao sol,
Ele também desce até vossas raízes e abala a vossa ligação com a terra.
Como feixes de milho, ele vos une a si próprio.
Ele vos ceifa para desnudar-vos.
Ele retira vossas espigas.
Ele vos mói até ficardes brancos.
Ele vos amassa até ficardes moldáveis;
E depois ele vos designa ao seu fogo sagrado, para que vós vos torneis o pão sagrado do sagrado festim de Deus.

Nesse momento o ateu interrompeu e disse: "Você é louco? Isso é impossível!". E aí meu primo respondeu: "Pois então amigo, se você não consegue acreditar que um derramamento de tinta possa escrever um texto com combinações de apenas 26 letras diferentes como que você pode acreditar que o universo com todos os seres humanos, animais, vegetais, minerais, planetas, com todos seus sistemas, órgãos, tecidos, células e elementos possam ser criados por acasos do mundo e não por Deus?"

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Crise do Reflexo Terceirizado

Vários psicólogos já nomearam, mesmo que informalmente, crises psicológicas que os humanos enfrentam pela vida por criarem/esperarem uma imagem muito grande de algo/alguém que não condiz com a realidade. De todas que eu já li e ouvi, a única que consigo lembrar para citar é a crise dos pais perfeitos "a decepção que a criança enfrenta quando mais cedo ou mais tarde descobre que seu/sua pai/mãe possui alguns defeitos inaceitáveis que se chocam com a imagem (perfeita) que tinha de seus pais até então". Analisando (sempre) pelo meu ponto de vista menos subjetivo e mais exato, decidi postular uma crise também: a crise do reflexo terceirizado.

Rotineiramente, decepcionamo-nos com atitudes de amigos (e até dos melhores) pela quais não esperávamos: na maioria das vezes, o que acontece é que esperamos que a pessoa faça algo por nós que seria exatamente o que faríamos por ela naquela situação. O erro reside justamente em querermos criar um reflexo de nós mesmos nas pessoas como se fôssemos nos ter de amigos "implantados" em terceira pessoa. Assim, quando damos falta desse reflexo nos nossos amigos, relacionamentos e até parentes, tendemos a nos decepcionar.

Gostar de alguém não é sinônimo de fazer pela pessoa que se gosta o que essa pessoa faz por você e, conseqüentemente, ser "gostado" por alguém não é receber dessa pessoa o que você faz por ela. Invente uma maneira de gostar de seus amigos e deixe que eles também inventem uma maneira de gostar de você; faça sem esperar a mesma coisa em troca que a surpresa virá de forma veloz na mão inversa trazendo consigo a satisfação. Estatisticamente e historicamente, os poetas mais felizes e os companheiros mais honráveis dos contos eram aqueles que faziam muito mais pelas pessoas que gostavam do que recebiam.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

Início da jornada

Fala Galera!!!

Primeiro post de Schmalkalden e, por esse motivo, devo me estender mais do que o normal.

A viagem foi boa. Cheguei bem e logo adaptei às tarefas cotidianas de cuidar aqui do apartamento. Quem ainda não viveu isso, eu aconselho. É uma experiência única e que te faz crescer de uma maneira esplêndida.

Aqui tem gente quase do mundo inteiro. Já conheci húngaras, turcos, russas, polonesas, ucranianas, mexicanos, espanhóis, americanos, vietnamita e até um cara do Bangladesh. Tô na luta para aprender o alemão - Ich bin, du bist, er/sie/es ist, wir sind, ihr seid, Sie/sie sind - mas tô indo muito bem. Além disso, tô tentando também absorver o máximo de cultura do pessoal de outros países: já tomei um tchai com os turcos, vinho com as espanholas, e um negócio esquisito de uva aqui que um alemão me deu. Estou aproveitando também a carteira de estudante da universidade que me dá direito de andar de trem em todo o estado da Thuringia (estado em que fica a cidade de Schmalkalden, onde estou), na Alemanha. Já conheci Weimar, Erfurt - com direito a conhecer uma brasileira, mineira, belohorizontina com seu marido alemão no meio da rua - e Eisenach. Semana que vem estamos indo em uma excursão da universidade para Berlim e na outra pego o Queen´s Day em Amsterdam.

No mais é isso, vou tentar ir postando aqui a medida que novas coisas forem acontecendo e vocês não deixem de comentar.

Abraço a todos os leitores (no último post tínhamos acabado de passar de 500, agora já estamos em quase 600) e a seguir um textinho que já tinha elaborado há um tempo.


Futilidades

Certo dia estava pensando porque o homem se banha de futilidades e qual o valor disso. Vieram-me na cabeça exemplos como jogos de futebol e Big Brother, dentre outros.

No primeiro caso é difícil imaginar qual o sentido em assistir a um jogo de futebol (embora eu assista a todos do Galo) uma vez que não se angaria nada financeiramente e muito menos intelectualmente com a prática. Big Brother então não é preciso nem comentar, basta ir para a Praça 7 que se encontra as mesmas intrigas da Casa, só que entre pessoas em seu cotidiano no meio da rua.

Fiquei reparando, digamos, as práticas fúteis durante algum tempo a procura de algo que pudesse ser retirado de bom daquilo. Afinal, eu não conseguia acreditar que práticas tão usuais pudessem não ter algum valor social. Até que um dia, durante um churrasco que fazíamos para ver o jogo do Galo, percebi o valor das atitudes quando encontrei velhos amigos que não via há tempos. Lembrei que nos BBB´s da vida, lá em casa, sempre estava minha irmã em acordo/desacordo com minha mãe a respeito de quem merecia vencer. Estava tão claro. As conversas sobre BBB no serviço, as saídas para assistir os jogos de futebol e ver velhos amigos, os churrascos, nada mais era do que um pretexto para estreitar o convívio humano. E de fato sempre funcionava.

Assim, parando pra pensar, grande parte de nossos encontros, os que nos marcam e que temos grande prazer na companhia de outras pessoas surgem por motivos considerados fúteis: um filme, um jogo de futebol, BBB, um feriado à toa. E a vida é isso. São momentos sublimes que acontecem por nada, ou melhor, quase por nada. Eu gosto de dizer que as boas coisas da vida cavalgam sobre as futilidades.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Até logo

Galera,

Como havia prometido, um último post antes da viagem. Como não poderia deixar de ser, uma música.

Continuem entrando no blog para ter notícias minhas da Alemanha. Além disso, estou com alguns textos em mente para publicar.

O próximo post deve ser lá pelo meio da semana que vem. Portanto, agradeço aos leitores (já passamos de 500 visitas) e continuem lendo e, principalmente, comentando.

PS.: Amanhã, de 20:30 até 21:30 eu vou estar no vôo. Posso apagar a luzinha de leitura???

Até mais.


Next Year - Foo Fighters

I'm in the sky tonight,
There I can keep by your side
Watching the wide world riot and hiding out
I'll be coming home next year

Into the sun we climb
Climbing our wings will burn white
Everyone strapped in tight
We'll ride it out
I'll be coming home next year

Come on get on get on
Take it till life runs out
No one can find us now,
Living with our heads underground

Into the night we shine
Lighting the way we glide by
Catch me if I get too high
When I come down
I'll be coming home next year

I'm in the sky tonight
There I can keep by your side
Watching the whole world wind around and round
I'll be coming home next year

Come on get on get on
Take it till life runs out
No one can find us now,
Living with our heads underground

I'll be coming home next year
I'll be coming home next year
Everything's alright up here
When I come down
I'll be coming home next year

Say good-bye

I'll be coming home next year
I'll be coming home next year
Everything's alright up here
When I come down

I'll be coming home next year

domingo, 14 de março de 2010

Contagem Regressiva

Saudações a todos,

Faltam seis dias para minha viagem. Como já postei por aqui, estou indo no sábado para a Alemanha e ficarei por lá de 3-4 meses cursando o 7º período de minha faculdade. Diversas pessoas me perguntaram por minha ansiedade. Eu estou tranquilo.

Ontem foi minha despedida. Agradeço a todos que foram lá. Foi muito bacana contando com o sambinha de raiz. Embora haja outras pessoas das quais gostaria de ter me despedido, as que quiseram me ver antes de eu ir demonstraram o interesse. Citando um amigo: "quem quer arruma um jeito; quem não quer arruma uma desculpa".

Na terça-feira (16/03) entrei em estúdio com o Felipe e o Henrique para gravar o meu vocal nas músicas do C3i antes de ir embora (fotos no Orkut). Surpreendi (arrepio-me só de lembrar). Quando você compõe uma música é que nem uma pedra: você só vê o potencial e o estado bruto da mesma. A medida que se vai trabalhando nela é como se fosse a pedra polindo e tomando sua forma. Não tem como definir. Simplesmente incrível. Todas as músicas estão ficando muito boas e espero divulgar algumas quando o CD estiver pronto.

No mais é isso. Provavelmente, durante a semana deixarei um último post tocando alguma música, então despeço-me de todos já neste post. Como não sei quanto tempo levará até eu estar com um acesso a internet lá e com as coisas arrumadas devo demorar um pouco mais no primeiro post e depois volto a postar regularmente. Bom, pelo menos, no meu conceito de regularmente.

Termino com uma citação de Einstein:

"Se quer viver uma vida feliz, amarre-se a uma meta, não às pessoas nem coisas."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

3 em 1

Galera, como estou há muito tempo sem postar vou acabar fazendo três posts em um: acontecimentos recentes, hilários e reflexões. Quem tiver com preguiça de ler os três pode procurar o subtítulo do que mais lhe agrada.

Hilários

Semana passada o Lula inaugurou o posto de saúde e disse:
"Esse posto de saúde está tão bonito que dá vontade até de ficar doente para internar aqui". Nosso presidente está tão popular que até o sobrenatural está a seu favor (momentos depois ele teve a crise de hipertensão). Como diria o Obama, "ele é o cara"

Quem disse que o Galo não classificou pro G4? Na lista de clubes mais devedores publicada pelo site Futebol Finance o Galo é o 4o, atrás apenas de Vasco, Flamengo e Fluminense. E isso porque o Robinho fechou com o Santos ao invés da gente. Desse G4 a gente não sai!!!

Essa semana uma amiga veio me dizer que tinha um "pobrema" (sic). Mesmo ela sendo linda, de bate pronto respondi a ela que, então, ela tinha no mínimo dois. (Faço parte da comunidade no orkut Desilusão Ortográfico Amorosa). Mais um mês com msn bloqueado. hehehe



Acontecimentos Recentes

Tenho falado com o Luciano com certa frequência nos últimos dias. Toda mudança é difícil e é bom que ele saiba que pode contar comigo mesmo à distância para o que der e vier. Irmão, estamos aí.

Fui num casamento sábado (Gustavo e Michelle, mais uma vez meus votos de felicidade para vocês) muito bom. Com direito a um padre com rastafari na igreja.
Durante a festa tive oportunidade de conhecer uma pessoa incrível (tomara que não suba a cabeça para não mudar minha opinião sobre ela) mas acabei não aproveitando a chance. Sorte que ela apareceu no meu orkut dias depois. Vamo vendo durante a semana se minha opinião condiz com a realidade.

A carta de aceitação com meu nome pra Alemanha saiu. Matenho vocês informados do andamento.


Reflexões

Essa semana me veio a cabeça uma música "O Dia Em Que A Terra Parou", e resolvi escrever algo sobre isso. Ao contrário do que a música diz, para mim, o dia em que a terra parou foi o dia em que:
- Começamos a dizer mais "Nãos" do que "Sims";
- Deixamos de ajudar "o necessitado" para ajudar "o reconhecido";
- Escolhemos "o que sabemos que é errado mas que já tivemos experiências" ao invés de "o que sabemos certo mas que nos é desconhecido";
- Religiosamente, começamos a pensar mais "em Quem disse pra fazer" do que em "o Que disse pra fazer;
- Passamos a viver baseado em como nossas atitudes serão vistas pelos críticos ao invés de como serão vistas pela nossa autocrítica.

É só pensar onde irei parar nas diversas áreas da minha vida, tais como profissional, relacionamentos e espiritual, tomando essas atitudes. Decidi mudar isso.






terça-feira, 19 de janeiro de 2010

"Os sábios falam porque têm algo a dizer. Os tolos falam porque precisam dizer alguma coisa."

Platão

domingo, 3 de janeiro de 2010

Inerências do ser humano - Parte I - Arrependimento

Antes de mais nada feliz 2010 a todos e que todos tenham um ano de muita saúde e paz e muito dinheiro, uma vez que ninguém que eu conheço - nem eu mesmo - levou a mega da virada.

Passei o reveillon em um sítio em Esmeraldas com uma galera. Teve muito bom. Para os que foram, podemos dizer que sobrevivemos ao perigo iminente. hehehe. Ainda, compus minha segunda música que já está quase terminada. Se a música fosse uma casa, só faltaria a pintura. Vou apresentar ao pessoal para pleitear uma vaga no segundo CD. hehehe

Contudo o assunto desse post é outro. Como havia dito anteriormente, vou começar a escrever uma série de inerências do ser humano, a começar pelo arrependimento.

A vida é uma árvore binária e não consigo pensar em algo melhor para representá-la (ainda mais depois que o Luciano me reforçou dizendo que Einstein compartilhou dessa ferramenta para provar sua teoria mais famosa). A cada momento nos deparamos com decisões de sim/não e, para cada decisão, surge o arrependimento: o famoso "e se..".

Cada decisão, por mais certa que esteja, faz-nos pensar se o outro lado da árvore não seria melhor, principalmente quando a decisão tomada dá errado. Se optamos por desistir de algo, dizer não, pensamos "e se eu devesse me esforçar um pouco mais por isso, já que o objetivo vale muito a pena". Se optamos por lutar por algo, pensamos "e se isso não é para mim e já estiver tomando meu tempo mais do que deveria, impedindo-me de conseguir algo melhor". Reparem no seu dia a dia para ver se isso procede ou não. O fato é que só ficamos livres do arrependimento quando a decisão tomada gera diversos resultados demonstrando que foi a decisão correta (e ainda assim há uns que continuam pensando no "e se..." mesmo depois da decisão se apresentar correta). É uma das inerências do ser humano.

E como tomar a decisão certa então? Bem, existem diversos pontos de vista para o que é certo. A Gi - garota que eu ainda tenho de conhecer só pelo tanto que o Luciano fala dela - diz que para se tomar a decisão certa deve-se deitar a cabeça no travesseiro e, quando estiver tudo em silêncio, ouvir aquela vozinha que diz na cabeça se vai dar certo ou não. Ela diz que essa é assumidamente a decisão correta. Eu já pensou de forma distinta. As vezes, essa tal vozinha nos leva a decisão por demasiada certa, impedindo-nos de tomar uma que pareça errada à primeira vista mas que pode dar certo. Para mim o que se deve fazer é tomar a decisão que, quando você se imagina tomando, sente-se bem. Geralmente, essas são as que mais fazem a vida valer. Contudo, quando dão errado também, são as que fazem a vida menos valer.

Ficam aí dois modus operandi para tomar decisões de acordo com o "perfil do investidor". O que não se pode é deixar de tomar decisões para evitar arrependimentos, o que é tolice, uma vez que no final haverá sim o arrependimento: aquele de não haver tomado nenhuma das duas decisões.

Claudinho