domingo, 27 de dezembro de 2009

"Quanto tempo se foi..."

Bom, depois de muito tempo sem postar (isso se chama UFMG) estou de volta.

Primeiramente, feliz natal a todos. Espero que todos tenham tido boa festa.

Como alguns perceberam, existe uma certa subjetividade no titulo do post. É um trecho da primeira música que compus, Sem Manual, que entrará no primeiro CD da nossa banda, C3i. Já gravamos as baterias, agora faltam os instrumentos e o vocal. Assim que tiver pronto vou colocar alguns demos por aqui.

No mais, estou em Uberlândia desde sexta-feira. Depois de tanto tempo, já estava com saudade desse sotaquezinho de "porrrrrrrque". Estarei de volta amanhã, ou no máximo, terça. Assim que voltar a BH vou colocar uma série de posts sobre algumas reflexões minhas nos últimos dias. Fiquem ligados.

Grande abraço e até mais,

domingo, 20 de setembro de 2009

Naquele tempo...

Um dia desses (nessa semana), enquanto voltava da Federal, ouvi Overkill, do Men At Work, na rádio que estava sintonizada. Automaticamente me veio à lembrança um certo despertador que tocava às 06:30 (depois de dormir às 05:00) nos domingos de trekking nos avisando para pegar a planilha da prova.

A primeira prova que lembrei foi a de Oliveira. E não podia deixar de ser a primeira recordada: cidade com mulheres lindas e poucos homens. Talvez, onde aconteceu o melhor pré-prova dos Star Trekkers. Veio a mente o sábado à noite com as meninas de Oliveira/BH. E para fechar, enquanto todos nós evitávamos beber a água de lá, por motivos óbvios (nem que para isso fosse necessário comprar um galão de 5 litros de água mineral), o Dani Lover nada no rio de lá. hehehe

A segunda, Lavras Novas. Tanto da prova noturna quanto da diurna. De Lavras, a lembrança mais célebre era o grande Lê - que anda sumido dessas bandas - postulando algo que eu já concordava com ele inconscientemente: "O homem não nasceu pra perder".

A terceira, Cláudio. Flavinha, Lilian Malta..., Pandu, o Boto e o restaurantezinho no quintal de nossa casa. Cláudio disputa com Oliveira o posto de melhor pré-prova.

Santa Bárbara. A chegada prometia que seria o pior pré-prova: o Dani arrumou o número de um "hotel", que na verdade era um orelhão em frente a um posto, e reservou nossos quartos. Chegando lá descobrimos que conseguimos tomar o primeiro trote onde quem é trotado é quem liga. Contudo, também foi uma cidade boa. A cama de molas; a aula de ensino religioso ensinando para o Dani qual era a cruz do ladrão ruim por motivos que não convém citar; a briga pela menina de Santa Bárbara, digo, Divinópolis. Além da festa estranha com gente esquisita no caminho.

Por fim, lembrei de Ouro Preto. A cidade da pousada em que nosso quarto era um antigo quarta de tortura de escravos.

Realmente, nada melhor para linkar com essas lembranças que Overkill: "Day after day it reappears"

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O caos aéreo

Essa semana tô em Floripa a lazer. Quando baixei as primeiras fotos da viagem (que já estão no orkut) encontrei uma foto que tinha tirado da vez que fui pra Manaus com a família. Trata-se de uma passagem de volta de Brasília pra Belo Horizonte.

O detalhe é: cadê o assento 16A?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Último fim de semana

No último fim de semana, estive em Itapecerica a convite do Dudu. Estava acontecendo um festival de inverno na cidade (o pessoal do bloco E se lembrará desse festival se eu citar um certo show do Marcus Viana na mesma cidade) e fui pra lá na sexta-feira à tarde retornando no mesmo período do domingo. Nos shows de sexta, fiz inveja, de uma só vez, no Sérgio e Luciano com as respectivas apresentações de Leoni e Teatro Mágico. No de sábado, inveja na Lívia: show do Zé Ramalho. E após os shows, evento no tradicional Dom Zé, como não podia deixar de ser.

Fiquei na casa da Dadá e não poderia de deixar de agradecer ela, a Tia Néia e a Lili pelo tratamento e por tudo que fizeram por mim lá. Muito obrigado mesmo, fui muito bem recebido. "Um salve aí pras manas Dadá, Lili e Tia Néia do xurupita de Itapecerica". Isso aí, assim que a Dadá me passar as fotos de lá eu coloco uma por aqui.

Bom, no mais, agradecer novamento aos leitores do blog (que já vêm de inúmeras cidades que eu sequer conhecia) pelas 200 visitas que foram batidas muito mais rapidamente que as 100 primeiras. Próximo alvo são 300 visitas e por aí vai.

Termino deixando uma citação de Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a II Grande Guerra:

"O orgulho prefere perder-se a perguntar qual é o seu caminho"


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Segue-se a vida...

Antes de mais nada, não podia deixar de dar uma alfinetada:


Os leitores cruzeirenses que perdoem mas não podia deixar passar batido. Contudo, é a única e eu não vou comentar mais nada. hehehehehehe

Hoje vou deixar uma indicação de leitura para todos. É um livro que estou lendo chamado "O Vulto Das Torres", de Lawrence Wright.



Para quem quer saber mais do 11 de setembro com uma visão menos americanizada possível (por incrível que pareça), eu aconselho a leitura. São explicados fatos como a origem da fortuna da família Bin Laden, a transição de Osama de filho de um funcionário da Aramco para líder de uma milícia e o surgimento da ideologia de assassinato justificado pelo Alcorão.

Título: O vulto das torres - A Al-Qaeda e o caminho até o 11/9
Autor: Lawrence Wright
Editora: Companhia das Letras
Assunto: Literatura Estrangeira
Idioma: Português
Edição: 1
Número de Páginas: 504



quarta-feira, 8 de julho de 2009

Um desses dias...

Segunda-feira acordei num desses dias... Um amigo chamaria de dia de "São" Tomé... Eu chamo apenas de um desses dias.

Não vou escrever, sempre falei melhor por meio de músicas.

aquela coisa toda

oswaldo montenegro


Olhe bem nos meus olhos
Olhe bem pra você
O fato é que a gente perdeu toda aquela magia
A porta dos meus quinze anos não tem mais segredos
E velha, tão velha ficou nossa fotografia

Olhe bem nos meus olhos
Olhe bem prá você
A quem é que a gente engana com a nossa loucura
De certo que a gente perdeu a noção do limite
E atrás tem alguém que virá, que virá, que virá, que virá, que virá

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Finalmente Férias!!!

Bom, após quatro meses de pura ralação e de um dos semestres mais difíceis desde que eu entrei na Federal, finalmente, férias. Como não podia deixar de ser, muita coisa para falar por aqui. Portanto, quem aguentar e estiver interessado, que leia até o final.

Há duas semanas, do dia 12 ao dia 14 estive em Curitiba, e seria uma ingratidão eu não deixar registrado aqui tudo de bom que aconteceu por lá:

Primeiramente, encontrei com meu irmão: Luciano. E, finalmente, fiquei feliz por ver que a sua jornada por lá começa a fazer sentido. Toda grande jornada não faz nenhum sentido antes de seu início, começa a fazer algum durante e, se tivermos sorte, descobrimos o seu sentido completo ao término. Sem sorte, desobrimos tempos depois de seu término ou não descobrimos. O Luciano parece que já começou a descobrir o sentido. Além disso, tive a oportunidade de experimentar o tão falado submarino do Bar do Alemão. Realmente, fenomenal. Agora é esperar que o dono cumpra o combinado na nossa conversa e abra uma filial aqui. hehehehe. Saudade de você velho, agora é sua vez de vir para BH.

Conheci a Srta. Ju Grossl (é assim que escreve?). Um encanto de pessoa (nossa que frase de velho) que me levou para conhecer o Museu de Niemeyer, além de agüentar o troféu furão meu na hora de ir para o Jardim Botânico. Mesmo assim não ficou p nem nada, pelo menos não demonstrou. hehehe. Ju, adorei te conhecer, cê tá mais que aprovada pro Luciano e espero que o relacionamento de vocês cresça exponencialmente.

Revi o Joe. Grande Joe. Saí com ele apenas três vezes e é como se ele já fosse amigo de anos. Levou eu e Luciano no Jardim Botânico, Tanguá, Ópera de Arame, etc. (etcétera porque foram muitos lugares). Tomamos o chopp de sua terra natal, Opa, e aprendi que significa "Vô" em alemão. Aliás, o Joe também me ensinou a falar corretamente em alemão Steinhäger, ao invés do stonehenge que eu falava. Apesar de ter duvidado de mim na última noite (não o culpo, no lugar dele também duvidaria de mim), cara, já té considero um amigo. Como já te disse, as portas da estalagem estão abertas para você aqui em BH.

Não poderia deixar de citar o Bigs. Sangue bom demais. Tratou-me na República como se eu fosse de casa. Cara, prazer em te conhecer também. Espero que a gente ainda se esbarre por aí.
Tenho de citar também o Ellton. Double Ellton. (nem sei se se escreve assim, mas sei que se fala assim). Grande geek com quem tive algumas conversar geeks também. Ah, e a primeira pessoa que eu conheci que descobriu numa prova de Concurso que escrevia o nome errado há 15 anos. hahahaha. Peça rara.

Enfim, foi uma viagem muito boa. Embora tenha durado três dias, valeu-me uma semana de manteiga de cacau. De tudo só lamento não ter tido a oportunidade de conhecer a Aninha, amiga da Gi. Anyways, ainda terão oportunidades.

No mais, sexta-feira encontrei com o pessoal do CEFET. Galerinha que eu tava com muita saudade e adorei ter encontrado eles. Mas isso vai merecer um post à parte.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Hotel Da Susu


Saudações a todos. Alvinegras principalmente...

Estou de volta de Curitiba (na quarta ou quinta-feira, quando tiver mais tempo, entro para fazer o post da viagem) e não pude deixar de registrar o hotel da Susu. Susu, taí o hotel copiado do seu trocadilho (quem não é de casa nem adianta tentar entender que não vai)

Grande abraço a todos e entrem na quinta-feira para o post da viagem.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

John Mayer - No Such Thing


Letra:

"Welcome to the real world"
She said to me, condescendingly
"Take a seat, take your life
Plot it out in black and white"
Well I never lived the dreams of the prom kings
And the drama queens
I'd like to think the best of me
Is still hiding up my sleeve

They love to tell you stay inside the lines
But something's better on the other side

I wanna run through the halls of my high school
I wanna scream at the top of my lungs
I just found out there's no such thing as the real world
Just a lie you've got to rise above

So the good boys and girls take the so called right track
Faded white hats, grabbing credits, maybe transfers
They read all the books but they can't find the answers
And all of our parents they're getting older
I wonder if they've wished for anything better
While in their memories tiny tragedies

They love to tell you stay inside the lines
But something's better on the other side

I wanna run through the halls of my high school
I wanna scream at the top of my lungs
I just found out there's no such thing as the real world
Just a lie you've got to rise above

I am invincible
I am invincible
I am invincible
As long as I'm alive

I wanna run through the halls of my high school
I wanna scream at the top of my lungs
I just found out there's no such thing as the real world
Just a lie you've got to rise above

I just can't wait til my 10 year reunion
I'm gonna bust down the double doors
And when I stand on these tables before you
You will know what all this time was for

Tradução:

"Bem-vindo ao mundo real"
Ela me disse, com condescendência
"Sente aí, pegue sua vida
Planeje-a em preto e branco"
Bem, eu nunca vivi os sonhos dos reis da formatura
Ou das rainhas do drama
Eu gosto de pensar que o melhor de mim
Ainda está escondido sob a minha manga

Eles amam te dizer "Fique dentro dos limites"
Mas tem algo melhor do outro lado

Eu quero correr nos corredores da minha escola
Eu quero gritar com todo meu fôlego
Eu acabei de descobrir que não existe o mundo real
É só uma mentira, você tem que ir além disso

Então os bons garotos e garotas pegam o famoso caminho certo
Chapéus brancos desbotados pegando crédito, talvez transferências
Eles lêem todos os livros, mas não encontram as respostas
Todos os nossos pais estão ficando mais velhos
Me pergunto se eles desejaram algo melhor
Enquanto em suas memórias, pequenas tragédias

Eles amam te dizer "Fique dentro dos limites"
Mas tem algo melhor do outro lado

Eu quero correr nos corredores da minha escola
Eu quero gritar com todo meu fôlego
Eu acabei de descobrir que não existe o mundo real
É só uma mentira, você tem que ir além disso

Eu sou invencível
Eu sou invencível
Eu sou invencível
Enquanto estiver vivo

Eu quero correr nos corredores da minha escola
Eu quero gritar com todo meu fôlego
Eu acabei de descobrir que não existe o mundo real
É só uma mentira, você tem que ir além disso

Mal posso esperar pela reunião de dez anos de formados
Vou entrar derrubando a porta
E quando eu subir nas mesas na sua frente
Você vai saber para o que foi todo esse tempo

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vamo que vamo só num pode parar

Primeiramente, agradecer a todos que vêm visitando o blog, comentando e tudo o mais por termos atingido a barreira de 100 acessos (pequena, mas toda grande caminhada começa com um primeiro passo).  A próxima meta são 200 acessos.

O post de hoje será uma pequena teoria da conspiração, afinal, uma pequena teoria da conspiração não faz mal a ninguém.

Num dia desses comecei a divagar sobre os planos de liberações de produtos das grandes empresas e como são mascarados. O maior exemplo são carros. 

Quando se lançou o Ford Ecosport eu fui um dos que viraram fã do estilo do carro. Era o ano de 2003 e infelizmente (ou felizmente, como fui perceber depois que vi o tamanho do porta-malas do carro) eu não tinha carteira, pois senão teria comprado um dos primeiros modelos, nem que fosse pra levar o resto da vida pagando. Contudo, pouco tempo depois que já começava a ser comum encontrar Ecosport's na rua (creio que menos de um ano depois) a Ford vai e me lança a versão 4 x 4. Era muito claro que era uma jogada de marketing: no momento de lançamento do Ecosport, eles com certeza já tinham o projeto melhor do Ecosport 4 x 4; contudo, era mais interessante ($) vender um projeto pior e lucrar muito até o momento que se estabilizasse o número de vendas, nesse momento lança-se o segundo projeto para que todos recomprem o Ecosport de maneira a obter o lucro todo de novo. Conversei então com os amigos que tinham Ecosport's para ver se a estratégia de marketing realmente funcionava, e, para meu espanto, todos já estavam comentando como iriam fazer para "ficar livre" da versão inicial, e comprar o 4 x 4. E assim ocorreu nos próximos anos com diversas implementações em cima da versão inicial do Ecosport, sempre forçando o público a trocar o modelo atual pelo próximo último modelo.

Quando se lançou o "Palio Underground" ELX também, o design do antigo Palio ELX passou para o Palio Fire e foi como se estivessem, de fato, lançando um novo Palio Fire. Eu, um dos bobos, fui e comprei. Logo depois lançaram o Palio Economy que, por alguma milagre tecnológico, conseguia economizar mais gasolina do que o próprio modelo do mesmo carro. Como um dos ludibriados, tenho certeza que eles não desenvolveram a tecnologia de economia de gasolina  no curto espaço de tempo entre o relançamento do Palio Fire e o lançamente do Palio Economy. Certamente que o projeto do Palio Economy já estava lá há tempo mas aguardando para que a empresa lucrasse duas vezes.

Sendo assim, comecei a pensar "se no ramo de carros fazem assim, porque que eles não fariam em todos os outros ramos?".  E comecei a pensar (apenas o pessoal da minha geração ou de gerações anteriores reconhecerão os produtos descritos a seguir) se quando se lançou ou LP já também não se conhecia a tecnologia da fita K7, tendo a grande indústria da música guardado para lucrar o máximo com o LP e depois lucrar tudo de novo com a fita K7. E continuei divagando se acontera o mesmo com produtos como Fita K7 - CD, CD - DVD,  medicamentos farmacêuticos, computadores, etc. Enfim, o que garante que já não existe algo melhor do que o que você compra hoje como "a última palavra" naquele produto?

Legalmente, não há nada de errado por parte das empresas em fazer isso. Mas que se eu um dia houvesse uma mobilização geral em não comprar produtos de tecnologia de ponta até que a empresa provasse que aquele era o realmente o último projeto desenvolvido seríamos muito mais felizes. Bem como nosso bolso. Bom, pelo menos nós que ainda não somos empresários...

sábado, 23 de maio de 2009

Na dúvida, ultrapasse

Bom, após quase um mês sem postar, estamos de volta. O pessoal que entra e acompanha (queria até agradecer todo mundo, estamos quase com 100 visitas ao blog) que me perdoe, mas esse mês realmente apertou na Federal e nos serviços extras. Mas, deixemos de papo e "vamo" lá:

Seguindo com os temas das postagens, chegamos no conselho. E o conselho é "Na dúvida, ultrapasse".


Contrariando todas as regras do Detran, Contran, BHtrans e todos os trans existentes para nos ferrar no trânsito, aqui estou eu. No trânsito até pode ser que as tais regras sejam mais sensatas, mas, na vida profissional e pessoal de cada um, definitivamente não.

Todos os dias nos deparamos com decisões a serem tomadas. Para os geeks, a cada dia construímos nossa árvore binária de decisões tomadas. Para quem não é geek, aí vai o que é uma árvore binária:

Logo no ínicio do dia, deparamos com um situação, e temos duas opções de decisão: sim (1) ou não (0). Seja optando por sim, seja optando por não, logo depois de decidir a primeira já caímos na próxima situação de tomar mais uma decisão de sim ou não e por aí vai. La question est: quais decisões tomar?

O que tenho notado é muita gente decidindo por não e mais não, sem nem mesmo saber o que significa o sim. Pessoas que ao invés de colocar pingos nos i's, vivem em um mundo de i's "despingados"; infelizes, pois não se arriscam a dar um sim. Preferem não correr o risco de perder do que correr o risco ganhar. É aí que se perdem todas nossas chances de ultrapassar. Num simples não, ou vários.

Lulu já previu isso muito antes de mim quando diz em Tempos Modernos:

Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não

Nietzsche em A Gaia Ciência, no Livro I, em Do Objetivo da Ciência diz:

Como? O objetivo último da ciência é proporcionar ao homem o máximo de prazer e o mínimo de desprazer possíveis? E se prazer e desprazer forem de tal modo entrelaçados , que quem desejar o máximo de um tenha de ter igualmente o máximo do outro - quem quiser aprender a "rejubilar-se até o céu" tenha de preparar-se também para "estar entristecido de morte"?
Durante muito tempo vivi tentando ter o mínimo de desprazer possível, ou melhor, simplesmente não ultrapassar. Realmente durante esse tempo tive poucos ou, melhor, quase nenhuma decepção ou infelicidade sempre optando pelo não. Há alguns anos decidi arriscar. E hoje não arrependo. Cada momento que "estive entristecido de morte", foi sobreescrito pelos meus momentos de ultrapassagem em que "rejubilei-me até o céu". Momentos que nunca tive até mudar o estilo de vida.

Sendo assim, o conselho que fica é ultrapassar. Na dúvida, ultrapassem. Não pensem o que pode tar vindo no sentido oposto ao seu encontro para chocar contra você. Pensem o quanto vocês estão fazendo (e deixando o caminho para trás) para chegar ao seu objetivo. E, certamente que o objetivo vai valer a toda e qualquer batida que você sofreu para chegar nele.

Então, já reduziu hoje da 5a pra 4a pra forçar sua ultrapassagem?


Nietzsche, A Gaia Ciência, Livro I, Do Objetivo da Ciência

Como? O objetivo último da ciência é proporcionar ao homem o máximo de prazer e o mínimo de desprazer possíveis? E se prazer e desprazer forem de tal modo entrelaçados, que quem desejar o máximo de um tenha de ter igualmente o máximo do outro - quem quiser aprender a "rejubilar-se até o céu" tenha de preparar-se também para "estar entristecido de morte"? E assim é, talvez! Ao menos os estóicos acreditavam que é assim, e eram coerentes ao ansiar pelo mínimo de prazer, para ter o mínimo de desprazer na vida (quando diziam que "o homem virtuoso é o mais feliz", isso era tanto uma divisa da escola, para a grande massa, como uma sutileza casuística para os sutis). Ainda hoje vocês têm a escolha: ou o mínimo de desprazer possível, isto é, ausência de dor - e no fundo os socialistas e políticos de todos os partidos não podem, honestamente, prometer mais do que isso à sua gente - ou o máximo de desprazer possível, como preço pelo incremento de uma abundância de sutis prazeres e alegrias, até hoje raramente degustados! Caso se decidam pelo primeiro, caso queiram diminuir e abater a suscetibilidade humana à dor, então têm de abater e diminuir também a capacidade para a alegria. Com a ciência pode-se realmente promover tanto um quanto o outro objetivo! Talvez ela seja agora mais conhecida por seu poder de tirar ao homem suas alegrias e torná-lo mais frio, mais estatuesco, mais estóico. Mas ela poderia se revelar ainda como a grande causadora de dor! - E então talvez se revelasse igualmente o seu poder contrário, sua tremenda capacidade para fazer brilhar novas galáxias de alegria!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Última Semana

Na última semana fui para Uberlândia aproveitando um recesso da Federal. Foi uma viagem que valeu muito pra mim. Sem saber, eu estava precisando dos efeitos que ela me trouxe...

Primeiro pude ver meus três sobrinhos:


Os três continuam fenomenais. Sem explicação!!! Mas é como já diria minha Tia, são as duas maiores alegrias: uma quando chegam (por causa da saudade) e outra quando vão embora (por causa do sossego) hehehehehe. E o pior é que todo dia é sempre assim.

Além deles, em vários lugares pude ganhar mais confiança em mim. A minha própria auto-estima aumentou. Em outras palavras, redescobri quem eu sou - defeitos e virtudes: o que que eu não consigo e, principalmente, o que eu tenho certeza que consigo com eles. E, modéstia a parte, do que eu posso conseguir eu não abro mão por nada. (Para um bom entendedor, um pingo é letra)

Por falar em família, e essa nova onda de deputados gastarem passagens com família? E o pior, quando revogaram o direito deles eles ainda reclamaram. Se eu fosse político eu estaria agradecendo. Imagina você parar de levar sua sogra pra toda viagem que você faz. Se ela reclama com sua esposa que você não a está levando, como todo brasileiro, você simplesmente coloca a culpa no Governo: "Ô amor, foi o Governo que cortou a verba. Que que eu posso fazer?" Não vai ter nem discussão em casa...

domingo, 12 de abril de 2009

A Classe Média Brasileira

Bom, seguindo com as postagens, elaborei um plano cíclico de assuntos a serem colocados no Blog. São 4 tipos na seguinte ordem:

1) Reflexões
- Idéias que me vêm (quem for comentar, aproveita e comenta se vêm continua com ou sem acento depois da reforma hehehehe).

2) Músicas
- Músicas que tenho ouvido recentemente e gostaria de compartilhar com a galera.

3) Acontecimentos Recentes
- Fatos recentes que aconteceram comigo e que gostaria de externar.

4) Conselhos
- Conselhos: engloba desde conselhos gastrônomicos em outras cidades, vinhos, até conselhos pessoais mesmo.

O post de hoje é uma música de Max Gonzaga sobre a classe média brasileira. Por me enquadrar nela, achei interessante repassar. Não creio que devemos negar "nossa natureza" e mudar radicalmente, mas apenas repensar algumas atitudes.

Taí:



Espero que curtam.

domingo, 29 de março de 2009

Teorias da Desgraça Maior e da Desgraça Alheia

   As pessoas que andam comigo sempre ouvem falar de duas teorias postuladas por mim: a da Desgraça Maior e a da Desgraça Alheia. 
   Antes que os leitores pensem, não, eu não sou mais um pessimista. Aliás, como vocês observarão, até me posiciono contra uma das teorias. Mas, independente de pessimistas ou não, o fato é que as duas são reais e por isso as postulei.
   A Teoria da Desgraça Alheia é quando consolamos o nosso infortúnio com o infortúnio de alguém. Para os estudantes, como eu, é mais fácil entendê-la. Se tem uma prova na Faculdade e você se ferra sozinho, é a pior coisa do mundo. Contudo, se mais alguém se ferra (principalmente o mais nerd da sala) o alívio é próximo do que você teria se tivesse fechado a prova. Para quem não é estudante, pode-se visualizar no ato da demissão. Embora nunca tenha sido, conheço pessoas que já foram e me disseram: ser chamado sozinho na sala do chefe, ou no departamento de RH e ser demitido é constrangedor. Entretanto, quando chamam-se várias pessoas para serem demitidas juntas, não existe o constrangimento (pelo menos não da mesma grandeza) e a sensação de ser despedido é amenizada. A frase emblemática das situações dessa Teoria é: "Pelo menos não fui só eu."
   A Teoria da Desgraça maior, que eu particularmente sou contra, é mais presente no dia a dia de cada um. A frase emblemática das situações dessa Teoria é : "Poderia ser pior...". Imagine que você tem uma qualidade de vida com casa, carro, etc, etc, etc. De repente acontece um acidente, você perde seu carro. Vem alguém e lhe diz: "Calma. Pensa bem. Poderia ser pior. Você poderia ter perdido a casa também". Aí, uma semana depois, você perde a casa em um incêndio. A mesma pessoa chega e lhe diz: "Pensa bem, poderia ser pior. Você ainda tem seu emprego e pode recuperar tudo". Então, após váaaaarias semanas, você perde tudo o que aquela pessoa podia falar que você ainda tinha, inclusive o emprego, e então você pensa "Agora eu vou conversar com ele e vou pegá-lo, porque não tem mais nada que ele possa falar que poderia ser pior". Assim, quando, com grande expectativa, você encontra a pessoa e diz que perdeu tudo ela responde, num ato, como que sobrenaturalmente inspirado, e diz: "Pensa bem. Poderia ser pior. Você poderia ter tudo o que perdeu mas ser uma pessoa infeliz, com depressão e problemas familiares". E então o ciclo começa todo de novo. E acreditem, leitores, ele NUNCA acaba.
   Estou postando as duas Teorias após várias pessoas amigas dizerem que gostaram e que acharam interessante. Dentre elas o Luciano, a Sheyla e a Vanessa do Iguinho. Por fim, aproveito para mostrar minha opinião contra todas as pessoas que chegam a nós para dizer "Poderia ser pior". Não! É justamente o contrário! Poderia ser melhor!!! E vá aplicar a Desgraça Maior com outra pessoa!!!